terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Curtos

"Eu quero o seu sofá, quero Almodovar na TV, suas pernas perdidas entre as minhas pernas, sentir seu cheiro e ver como entre uma risada e outra o sono umedece seus olhos. Quero perder meus dedos nos seus cabelos até sentir acalmar sua respiração. E te ver dormindo, mas te acordar com o beijo que, por eu ter te olhado assim, meio de lado, meio sem querer olhar profundamente, tornou-se inevitável."
-1.2.11

"A gente vive buscando no passado explicação para as coisas de agora. Ridículo. Como se tudo pudesse ser fundamentado, como se o passado fosse algo a se carregar para sempre e só ele fizesse sentido. Eu quero a liberdade de rever os meus conceitos o tempo todo, de mudar de opinião e inventar novas escolhas, a liberdade de trazer do passado apenas o que aprendi sem mudar o presente por conceitos saturados e teimosias arrastadas pelo tempo."
- 4.1.11

"A diferença talvez não esteja no outro, ela está em nós e em como nos sentimos. Ultimamente as pessoas tem me feito sentir a menina pequena, delicada e indefesa que eu não gosto de ser. Então eu paro pra lembrar que do seu lado eu me sentia tão forte, ousada e segura quanto eu acredito que sou. Não sei se é certo encarar isso como uma resposta ou como algo que indique um caminho, é preciso mergulhar mais fundo para desembaraçar esse fio que une as minhas vontades e os meus medos, mas enquanto isso segura a minha mão, é tudo tão difícil."
-2.1.11

"Era como se até o ar tivesse dificuldade de entrar naquele peito preenchido pela pessoa que, pra ela, era a preferida entre todas as pessoas no mundo."
— E em breve texto completo

"Em algum lugar do tempo dançávamos num bar argentino, bebiamos e dávamos risada. Você estava linda, a música de tão forte era parte de nós. E nunca mais saimos dali, como se o tempo tivesse parado para que nos encontrássemos em centenas de outras vidas e ainda assim, ao olhar nos seus olhos, eternamente embreagados, eu ainda pudesse ouvir a música, sentir o cheiro do álcool e a vontade de te beijar."
-23.10.10


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Como é se apaixonar?

Alguém me explica? Acho que ando confundindo as coisas. Acho que sempre confundi. Dá vontade incontrolável de abraçar a pessoa? Dá medo de ser rejeitada? Desculpa, preciso fazer todas as perguntas. Dá medo de ficar sem, dá vontade de dizer pra não sumir nunca mais nem por um dia sequer? Quando vemos o sorriso da pessoa queremos sorrir também e demonstrar todo carinho do mundo? E poderiamos ficar por horas olhando sem falar nada, só observando, os gestos, as expressões…? Todo dia é como se fosse o primeiro encontro até sair a voz, a primeira palavra?
Eu preciso de explicação, não tem um tutorial? É assim que a gente reconhece um amor nessa vida? Eu preciso ter certeza, será que um dia a gente tem?